sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Diferentes técnicas e materiais na extração de DNA


A proposta de levar a extração de DNA para a sala de aula pode ser uma experiência positiva, despertando a curiosidade dos alunos. Ela pode ser aplicada em sala de aula, tanto no Ensino Médio quanto no Ensino Fundamental, e pode auxiliar o professor na abordagem de conceitos como constituição, organização e função celular dos seres vivos.
Existem diferentes tipos de técnicas para se extrair o DNA. Além dessas diferenças na técnica é possível se extrair DNA dos mais diversos tipos de materiais como banana, morango, cebola, fígado entre outros.
Foram realizadas as extrações de DNA da banana, que já vou postada anteriormente aqui no blog, e da batata e da cebola que postarei agora.

 Extração do DNA da cebola e da batata.

Material necessário:
- material biológico (cebola, batata);
- faca ou tesoura;
- filme plástico;
- banho-maria;
- termômetro;
- bacia;
- algodão;
- gelo;
- álcool de limpeza gelado (92%).

Para a extração de cada material é necessário:
- dois copos de vidro;
- uma colher de sopa de detergente líquido neutro;
- uma colher de chá de sal de cozinha;
- um funil de plástico (garrafa PET cortada pela metade com tampa
perfurada).

ETAPA 1 – Coloque água até ¾ do volume do copo. Acrescente o detergente líquido e o sal de
cozinha e misture vagarosamente com uma colher (solução de lise).

ETAPA 2 – Pique o material vegetal em pequenos pedaços, coloque-o dentro do copo com a solução de lise e misture vagarosamente com uma colher. Cubra o copo com filme plástico.

ETAPA 3 – Incube o copo em banho-maria a 70°C por 20 min.

ETAPA 4 – Retire o copo do banho-maria, filtre o material utilizando o funil com algodão e recolha o filtrado em outro copo.

ETAPA 5 – Coloque o copo com o material filtrado em um banho de gelo e deixe esfriar por 5 min.

ETAPA 6 – Retire o copo do gelo e adicione o álcool gelado escorrendo vagarosamente pela parede do copo. O volume de álcool deve ser aproximadamente equivalente ao do material filtrado.

ETAPA 7 – Observe o DNA precipitado como uma nuvem esbranquiçada no fundo da fase alcoólica. A
pectina ficará no topo da fase alcoólica.

A seguir estão as imagens do experimento feito com a batata:




Abaixo estão as imagens do experimento feito com a cebola:



Como pode-se notar os resultados não foram os esperados ! Todos os dois experimentos apresentaram muito pouco ou nada de DNA !
Devido aos resultados da nova técnica tentamos fazer a extração do DNA da batata utilizando a mesma técnica da extração da banana a qual já havia sido realizada com grande exito anteriormente.
Logo abaixo seguem imagens do experimento com a batata:




Na tentativa de melhor resultado da  batata foi utilizado a técnica antiga e com os resultados pode-se concluir que a batata não é o mais indicado para esse tipo de experimento. Obtemos praticamente nada de DNA da batata e da cebola utilizando essa nova técnica onde se coloca o material em banho-maria e também no gelo. O resultado negativo pode ter sido causado pelo fato do material ser apenas cortado e não batido no liquidificador já que dessa forma a solução extratora entraria mais em contato com o material.
Com base nisso pode-se chegar a conclusão que o método utilizado no primeiro experimento feito com a banana já postado aqui antes é sem sombra de dúvidas o melhor, tanto em relação a sua técnica como o material escolhido. Além de obtermos ótimos resultados com ele seu processo é de fácil e rápido realização podendo os alunos participarem ativamente da prática com poucos riscos de perigo para eles. O segundo método além de apresentar técnica e material ineficiente e gastar muito tempo para ser feito oferece riscos para os alunos pois contem em seu método o uso de fogo ou água em temperatura elevada, faca ou tesoura, ficando desse modo difícil para o professor ministrar a prática já que ou ele faz a prática sozinho e os alunos só ficam olhando ou ele deve ficar muito atento para que acidentes não ocorram.

Grupo da Elisandra


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