Na perspectiva da contextualização de conteúdos e
de experimentações investigativas propomos uma experiência que abrange
conceitos biológicos e físicos, com o objetivo de
conseguir demonstrar com perfeição a propriedade física que
os fluidos têm
de subirem ou descerem em tubos extremamente finos e vai explicar porque o líquido flui mesmo
contra a força da gravidade e os fundamentos
científicos envolvidos nestes fenômenos, e ao mesmo tempo servir de embasamento
para que outros professores possam fazer novamente o experimento dentro da sala
de aula. Visto que possui um baixo custo e os poucos materiais utilizados,
possibilitam que o seja possível fazê-lo com a participação dos alunos,
possibilitando que os mesmos possam não só receber o conhecimento passado
anteriormente em sala de aula, mas também construí-lo de forma ativa e
investigativa, reforçando de forma prática as teorias descritas no livro
didático, que é utilizado.
A capilaridade
nada mais é do que a tendência que algumas substâncias apresentam de subirem ou
descerem por paredes de tubos finos que são os chamados tubos capilares. Esses
líquidos se deslocam por curtos espaços existentes em materiais porosos, como
os tecidos e vasos das plantas. Esse é um mecanismo que permite que os fluidos
percorram tais vasos mesmo que estes estejam contra a força Gravitacional. É
possível visualizar este fenômeno utilizando a vela feita a partir da casca da
laranja que será construída nesta experiência.
Ao entrar em contato com uma
superfície sólida, o liquido colocado dentro da laranja (que no caso da
experiência foi usado o óleo de cozinha), sobe pelo pavio que foi deixado, no
caso o miolo da laranja. Isso acontece porque este líquido é submetido a duas
forças contrárias entre si que são a coesão e a adesão. A coesão é o fenômeno
capaz de manter as moléculas do líquido unidas (atração intermolecular); já a
adesão consiste na atração das moléculas do líquido com as moléculas do tubo
sólido. Assim sendo, quando estão dentro do tubo, as moléculas do óleo
conseguem se aderir às paredes internas do tubo capilar do pavio por adesão e
arrastam as demais moléculas por coesão o que resulta no fenômeno da
capilaridade.
No momento em que a adesão passa a
ser menor que a força de coesão o óleo para de se deslocar pelo tubo capilar do
pavio. Conforme aumenta o diâmetro do tubo, menor é o número de moléculas de
líquido que se aderem à parede em relação às que são arrastadas para cima por coesão,
então a altura atingida pelo óleo no interior do tubo depende do diâmetro do
capilar do pavio da laranja. Dessa forma, sabendo quanto mede o diâmetro de um
tubo é possível calcular a altura que o líquido alcançará em seu interior,
graças às forças de capilaridade.
Nas plantas, a
capilaridade atua no deslocamento da seiva bruta, desde as raízes, onde ela é
absorvida do solo, até o topo das árvores. É também possível observar o
fenômeno da capilaridade nas gotas de água da chuva que molham o pára-brisa de
um veículo parado e não escorrem, ou na absorção da água por um guardanapo, por
exemplo.
Grupo da Annyellen
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